quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dos palcos da arte para os palcos da vida!


Aos 27 anos, Marcelo dos Santos Brito diz já ter vivido muita coisa da vida e afirma ser hoje uma pessoa calma e tranqüila. Marcelo é militante e educador social. Atualmente trabalha na ONG Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua do Ceará (MNMMRCE) na área de comunicação e marketing. Desde a infância é uma pessoa envolvida com as questões sociais. Seus olhos refletem a importância que dá ao trabalho e a empolgação que sente quando começa a falar em suas atividades em prol da comunidade.
Marcelo foi criado e registrado pela sua avó materna chamada Adália dos Santos Brito, a qual vive até hoje. Durante sua juventude e antes de se dedicar totalmente ao trabalho social desempenhou várias funções. Já foi empacotador de supermercado, operador de micro computador e vendedor. Através de sua participação em vários grupos de danças e grupos folclóricos foi chamado para dançar pela primeira vez em uma banda de forró.
Daí por diante começou a construir sua vida e ser uma pessoa independente. Anos se passaram e o prazer já não era mais o mesmo, dançar já não era tão bom. O cansaço e a rotina tomaram conta da vida de Marcelo e quando menos esperou ele já se via cansado e enjoado daquela vida de festa e curtição. Então parou de dançar e se integrou totalmente para o trabalho comunitário.
Começou a construir projetos e fazer cursos na área de educação para crianças e jovens. Marcelo é uma pessoa determinada, pró ativa e de personalidade forte. Sempre teve interesse por política, movimentos e trabalhos sociais. Ao falar tenta convencer sobre seus ideais. Como a maioria das pessoas tem sonhos e planos a serem realizados. Sonha viajar para Portugal e conhecer a Europa. Pretende voltar a estudar e cursar faculdade de Ciências da Computação. Tem como principal ideal fazer com que o Movimento cresça a nível local, nacional e internacional. Para ele o trabalho desenvolvido pelos educadores da ONG é diferenciado, pois eles realmente fazem um trabalho de base, de corpo a corpo com as pessoas.
Marcelo é daquelas pessoas que tem como lema “deixa a vida me levar”. Gosta de fazer o que dá vontade. Ele para ao falar de Yan, seu filho. Da surpresa que foi quando descobriu que iria ser pai. Para o educador este foi o momento mais difícil de sua vida. Em tom de seriedade ele fala que aprendeu muito com o Nascimento de Yan. Ao falar de religião Marcelo mostra o quanto é sincero e não mede palavras para dizer que não tem religião. Ele acredita em Deus, mas não em religião.

Integrantes do MNMMR recebem diploma do curso de mediação de conflitos

Por Paula Bandeira

Oito integrantes do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) receberam dia 25 de maio, o diploma do I Curso de Mediação de Conflitos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) do Ministério da Justiça. O curso aconteceu em abril em 10 horas aulas, foi realizado em parceria com a Central única das Favelas (CUFA) e ministrado por defensores públicos, advogados, promotores de justiça e professores universitários que ajudaram a formar 32 moradores do Lagamar.

O objetivo do curso é capacitar mediadores para atuar de forma autônoma e pacífica em conflitos da própria comunidade e aproximá-los dos seus direitos. A grade estava dividida em três módulos que trataram de direitos humanos, formas não-violentas de resolução de conflitos, negociação, mediação, comunicação e noções de direito.

Uma das facilitadoras do curso, a advogada Haradja Leite, atribui aos mediadores um papel fundamental para resolução de conflitos sem sair da comunidade evitando, com a ida ao judiciário, despesas de ir e vir, com advogados e outros contratempos.

Mais informações no site do Pronasci.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

MNMMR participa do encontro de formação do PPA

Por: Aline Araújo

O encontro de formação dos delegados do Plano Plurianual Participativo (PPA), foi realizado sábado (29 de maio) às 14h no Seminário da Prainha. Este evento contou com a participação dos delegados das linhas temáticas de desenvolvimento social, urbano e habitação. A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins também esteve presente e comentou sobre a situação financeira da prefeitura.
Segundo informações do delegado do segmento da juventude Marcelo Brito, esses encontros são importantes para o acompanhamento das ações e discussão dos projetos. Ele informou que em março deste ano no PPA da Juventude, foi eleita a proposta para a construção do Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (CUCA). “A luta agora é que esta construção seja feita na comunidade do grande Lagamar, para que possa atender aos jovens das Regionais II, IV e VI”, afirma Marcelo.
O PPA é uma lei que planeja em médio prazo as ações de um governo, a partir da definição das diretrizes, objetivos e metas que demonstram a sua prioridade, determinando o orçamento público por quatro anos. O PPA traz também as necessidades regionais ou setoriais, fontes de recursos disponíveis e programação de ação de longo prazo.

Programação dos próximos encontros do PPA:
6 de Junho 8h30min às 17h - Momento de Negociação.
8 a 12 de Junho - 18h Debate entre os delegados.
20 de junho - A partir das 13h30min - 2° momento de negociação.


quinta-feira, 28 de maio de 2009

MNMMR é contra toque de recolher

Por: Hariádina Salveano

Na reportagem do Jornal O Povo de ontem (27 de maio), o conselheiro tutelar Daniel Carneiro propôs um toque de recolher para a cidade de Fortaleza. As crianças de até 13 anos teriam que estar em casa até 20h30min, adolescentes até 15 poderiam ficar na rua até as 22 horas e os de 16 e 17, até 23 horas. Essa proposta gerou polêmica e algumas entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente, como o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Fortaleza (Comdica), que já se posicionou contra a idéia do conselheiro.

O Movimento de Nacional de Meninos e Meninas de Rua do Ceará (MNMMR) também se posicionou. Um dos coordenadores, Herivelton Silva, deixou claro que a posição do Movimento é contrária essa idéia, pois o papel do Conselho Tutelar é fiscalizar e viabilizar políticas públicas que possibilitem que os jovens tenham seus direitos preservados e não retirados. “É arbitrário, até o nome é forte. O que temos que fazer é lutar pela implantação do Centro Urbano de Cultura Arte Ciência e Esporte (CUCA) nos bairros e abrir espaços para cultura e arte que garantam o desenvolvimento de crianças e adolescentes”, ressalta ele.

Hoje (28 de maio), a Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) se posicionou contrária à medida. Segundo a reportagem do Jornal Diário do Nordeste, desta data, o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem, Roberto Real Linhares, falou “Entendo que a medida é um contra-senso, não se coaduna com o espírito do ECA”, enfatiza, acrescentando que “o toque de recolher viola direitos”.

No dia 30 (sábado), a partir das 9 horas, Daniel Carneiro juntamente com os conselheiros tutelares Francisco José de Oliveira e Kátia Rodrigues vão recolher assinaturas na Praça do Ferreira de pessoas simpáticas a proposta.

No site do Comdica você encontra os artigos contra a proposta do toque de recolher.


quinta-feira, 21 de maio de 2009

MNMMR REALIZA VISITAS A JOVENS E ADOLESCENTES DO LAGAMAR

Por: Alexandre Lima
O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) realiza três vezes por semana visita a jovens e adolescentes no Lagamar, bairro onde está localizada a sede do Movimento. O objetivo das visitas é acompanhar de perto a situação de pessoas em conflito com a lei, também encaminhar e orientar sobre processos judiciais através do projeto Minha História, Minha Vida.

Segundo o educador social, Evaldo de Sousa Júnior, mais conhecido como Júnior, que atua no Movimento há dez anos, esse trabalho dos educadores tem tido um resultado bem positivo no sentido de conscientizar as famílias a superarem problemas enfrentados por esses jovens e adolescentes como exploração sexual, trabalho infantil, além daqueles sem perspectivas de vida, apesar das grandes dificuldades encontradas pelas políticas públicas.

Júnior cita o caso de Pedro (nome fictício, nome verdadeiro não será revelado para preservar a identidade do jovem), que na época tinha 15 anos de idade vivia em conflito com a lei, por praticar assalto à mão armada e não tinha nenhum projeto de vida. Devido ao acompanhamento feito pelo Movimento por intermédio de seus educadores, hoje o jovem com 19 anos trabalha como vendedor em uma das maiores lojas de calçados de Fortaleza e agora tem uma religião, comemora Júnior.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

De menino a educador

Por: Sabrina Passos

Francisco Narcélio Ferreira da Silva, 27 anos, participa da Ong Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua do Ceará (MNMMRCE) há 17 anos. O Jovem entrou no Movimento através de um projeto chamado ESPAÇO DE PROMOÇÃO A JUVENTUDE, que trabalhava com crianças de rua que usavam drogas e era coordenado por Herivelton (mais conhecido como Del). Apesar dele não ser usuário se fixou ao projeto e acabou sendo direcionado ao MNMMRCE e hoje é educador. Narcélio nasceu em Fortaleza e mora no Bairro Lagamar desde 1982.

Ao ingressar no seu primeiro emprego, com 17 anos, Narcelio se afastou do Movimento por falta de tempo. O tempo passou e seis anos depois o jovem reencontrou Del e pediu para participar de um curso de educador da Ong. Del logo lhe deu o desafio e oportunidade de ser um educador sem fazer curso. Para ele isso foi uma experiência única, pois não passou pela teoria e foi logo para prática. Hoje ele cuida de um grupo que faz parte do MNMMRCE. O núcleo se chama NÚCLEO DA QUADRINHA, no qual 40 jovens e adolescentes entre 10 e 18 anos participam.

Narcélio diz que seu engajamento no Movimento foi o que o livrou do mundo das drogas. Antes de se fixar na Ong ele se considerava rebelde e complicado. Ao longo de sua convivência no movimento passou por varias transformações pessoais uma delas foi ter desenvolvido o sentimento de ajudar as pessoas da sua comunidade e de tentar salvar a juventude. Hoje é um jovem mais aberto e aprendeu a escutar o que as pessoas têm a dizer. O jovem educador tem muitas opiniões e idéias revolucionárias a respeito da juventude atual. Para ele o futuro do Brasil está na juventude. “Se não cuidarmos dela, com trabalhos de informação e de investimentos na educação, o Brasil não vai mudar”, disse.

O jovem educador tem o objetivo de criar um projeto que iria se chamar Educar-Jovem. A idéia é trabalhar com grêmios dos colégios ou da própria comunidade, com objetivo de formar novas lideranças. Para ele a juventude está fragilizada e a saída é investir na educação e informação. Narcélio não tem religião, mas respeita quem tem. Tem o sonho de ajudar sua família e tirar alguns deles do mundo da violência. Também pretende se formar em Direito ou Serviço Social. Não planeja o futuro e prefere viver o presente deixando as coisas acontecerem gradativamente. Tem como maior ídolo Renato Russo, pois para ele o cantor é um revolucionário. Também admira muito Che Guevara. Narcélio se considera um pensador, pois gosta de pensar e de ver de várias formas como as coisas poderiam ser. Nas horas vagas ele gosta de ler. Gosta também de escutar músicas de rock e regaee, hip-hop.

Coordenadora do MNMMR visita a redação do blog

Por Paula Bandeira

A coordenadora do Núcleo da Quadrinha do Movimento Nacional Meninos e Meninas de Rua do Ceará (MNMMR), Letícia Araújo, visitou na quinta-feira (30) o laboratório de informática das Faculdades Cearenses (FaC), para conhecer a equipe e a produção do blog. Ela trouxe uma logomarca da Ong e aprovou a mudança de cor do layout de verde para rosa, “a cor oficial do movimento é o rosa bebê em alusão a suavidade e inocência das crianças”, afirmou. Letícia enfatizou que há algum tempo queria criar o blog do Movimento para postar fotos, vídeos, poesias, agenda, mas sem o enfoque jornalístico. A idéia original era que o blog fosse um instrumento de comunicação e diálogo entre os militantes, colaboradores e educadores da capital, do interior e de outros Estados, no entanto os estudantes de jornalismo transformaram as atividades do Movimento em notícias. Letícia ficou satisfeita ao saber que a equipe doará ao final do semestre, a senha e o login para a eles.

Outro coordenador do Movimento, Herivelto Silva (Del), esteve também no laboratório e ressaltou que precisariam de uma oficina para trabalhar o blog e escrever textos jornalísticos. A equipe se pôs a disposição.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

MNMMR promove encontro de socialização

Por Aline Araújo
O MNMMR realizou, na tarde de terça (21), um evento na Escola Ambiental (Semear) no bairro Pio XII. A proposta do encontro foi de socialização entre os participantes do Movimento das comunidades do Lagamar, Barroso II, Bom Jardim, Tasso Jereissati, Tancredo Neves, Luiza Távora e Pio XII.

Todos que chegavam ao local preenchiam um cadastro para o controle da quantidade de participantes, seu perfil e sua localidade. A programação foi diversificada, houve brincadeiras educativas, exposição das leis do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), slides com fotos dos eventos anteriores, apresentações musicais e dinâmicas.

Cerca de 150 crianças, adolescentes e jovens de 8 a 24 anos participaram do encontro. Segundo o coordenador do Movimento, Dell, o encontro é feito semestralmente e o intuito é que os participantes se conheçam e se integrem. Posteriormente acontecem eventos para os pais e para o Conselho Tutelar que acompanham o trabalho do Movimento, que tem como objetivo a defesa dos direitos das crianças e adolescentes, organização dos meninos e meninas de rua com fortalecimento e interiorização e formação de educadores.

Ainda de acordo com coordenador, é complicado conseguir apoiadores, pois existem preconceitos, é o caso de algumas empresas privadas, pois o nome da ONG é um empecilho, já que dificilmente a empresa quer associar sua marca a movimentos com esses fins, ele ressalta “Já conseguimos dar novos rumos para 30% dos que participam e participaram do Movimento. O que precisamos são voluntários que ajudem a profissionalizar os participantes seja com atividades culturais, esporte, lazer, palestras, enfim inseri-los na sociedade mostrando seu valor”.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Jovens do MNMMR recebem certificado do e-jovem

Por Hariádina Salveano

Cerca de 240 jovens e adultos entre 16 e 33 anos do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) receberam ontem, 04 de abril, o certificado de conclusão do curso de informática do Projeto E-jovem promovido pelo Governo do Estado do Ceará por meio da Secretaria de Educação (Seduc). A solenidade aconteceu no auditório da Faculdade 7 de Setembro (Fa7) e contou com a presença do secretário adjunto de educação Mauricio Holanda e do palestrante e professor do Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (Cefet-Ceará) Mauro Oliveira.

O objetivo do projeto é a formação complementar dos alunos da rede estadual de ensino e é desenvolvido em dois módulos. O primeiro são as linguagens básicas, português, matemática, inglês instrumental, informática e empreendedorismo social. E o segundo são linguagens específicas, o desenvolvimento de software.

Segundo a coordenadora do núcleo da Quadrinha do MNMMR, Letícia Araújo, boa parte dos jovens já está no mercado de trabalho e quer modificar a realidade da comunidade, ela fala que “com esse projeto eles aprendem sobre sistemas operacionais e podem utilizá-los no trabalho ou em casa”. Leidson Melo, 17, participa do MNMMR há um ano e está feliz com as novas possibilidades no mercado de trabalho na área de programação e fala “a velocidade do avanço tecnológico é surpreendente, fechar os olhos para isso é negar o futuro”.
Na entrega de certificados além dos jovens do MNMMR estavam presentes outros alunos do Projeto, que é realizado em todos os bairros de Fortaleza.

Leidson Melo,um dos jovens que recebeu o certificado.
Foto: Hariádina Salveano.


Todos os alunos do e-jovem do auditório da FA7.
Foto: Hariádina Salveano.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

MNMMR reivindica CUCA para o Lagamar

Por: Alexandre Lima

O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) participou do Plano Plurianual Participativo (PPA) – 2010-2013 que aconteceu no ultimo sábado (28), na Escola Municipal Filgueiras Lima, no bairro Jardim América. O PPA é uma lei que define programas e metas que constarão nas leis orçamentárias dos próximos quatro anos (Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual), os eixos temáticos discutidos foram Desenvolvimento (saúde e assistência social), Desenvolvimento Humano (educação, cultura e esporte e lazer), Desenvolvimento Urbano (transporte, meio ambiente, infraestrutura e habitação), Desenvolvimento Socioeconômico (trabalho e renda e turismo), dentre outros.

O tema escolhido pelo Movimento foi Desenvolvimento que abrange educação, cultura, esporte e lazer. Segundo uma das coordenadoras do MNMMR que atua no movimento há três anos, Letícia Araújo, o principal motivo da participação dos Meninos e Meninas de Rua no PPA, é a reivindicação de um Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (CUCA) para o bairro Lagamar. Ainda de acordo com Letícia, “no Lagamar não existe um centro urbano, centro de lazer, quadra de esporte, uma pracinha. O que tem de diversão mesmo é aquele canal, que inclusive morreu uma pessoa semana passada afogada por causa da chuva,” reclama. A coordenadora comentou que a própria prefeita já anunciou que vai ter um CUCA no bairro, já mostrou inclusive uma maquete, “não tem um local especifico, não tem nada orçado pra isso ainda, nada.” lamenta.

Questionada sobre a importância da implantação do CUCA no Lagamar, ela diz que “o CUCA vai trazer a parte da profissionalização e a parte cultural, algo que o bairro não tem.” destaca.

Além de Letícia, outros integrantes do Movimento marcaram presença no evento. É o caso de Simplício Nascimento, de 22 anos, que está no MNMMR há dois anos. O jovem entrou no movimento através do projeto Minha Historia, Minha Vida e disse que a construção do Centro será de grande utilidade para os jovens, no sentido de trazer mais informação e também um objetivo na vida.

sexta-feira, 27 de março de 2009

MNMMR anuncia as atividades da semana

Por Hariádina Salveano.


O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – Fortaleza (MNMMR) realizará atividades durante toda essa semana, em sua sede no São João Tauape, para planejar as visitas do Projeto Minha História Minha Vida, reunir a militância para formação política e trocar experiências com outras organizações de apoio à crianças em situação de risco. No sábado e domingo, a quadrilha junina Amor Cearense ensaiará a partir das 20h.

Através do Projeto Minha Vida Minha História os educadores sociais do Movimento vão às casas dos jovens e crianças, para orientarem as famílias a buscarem apoio junto aos órgãos competentes e outras entidades de acordo com cada caso. Já nos encaminhamentos sociais são prestados serviços à comunidade de retirada de identidade e certidão de nascimento.
Núcleo quadrinha trabalha com crianças e adolescentes de 10 a 18 anos coma atividades de lúdicas e pedagógicas.


Saiba os horários e as atividades do MNMMR.

Segunda-feira: Visitas PMHMV (Projeto Minha História Minha Vida) - Manhã
Terça-feira: Encaminhamento sociais - manhã
Quarta-feira: Reunião da militancia ( formação política) - Manhã
Quinta-feira: Visitas PMHMV (Projeto Minha História Minha Vida) - Manhã
Sexta-feira: Trabalho de campo - Dia todo
Sábado: Núcleo Nada Consta - 13h / Ensaio da quadrilha Amor Cearense - 18h30
Domingo: Nada Quadrinha - 13 / Ensaio da quadrilha Amor Cearense - 18h30

Serviço:
Tv. Social, 183.
Bairro: São João do Tauape.
Fone: 8808.2257 – Coordenador Del.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Atividades do fim de semana

O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) estará em atividades neste fim de semana. No sábado (28), a partir das 14h, participarão da plenária de juventude do Plano Plurianual (PPA) da Prefeitura de Fortaleza no colégio Figueiras Lima. E, domingo (29), o Núcleo da Quadrinha se reunirá no Parque do Cocó, a partir das 15h.

por: Paula Bandeira

quinta-feira, 12 de março de 2009

Um pouco de história

Por: Paula Bandeira

O MNMMR é uma ONG fundada em 1985 em nível nacional e está organizada nos 27 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Em Fortaleza, existe desde 1986.
Sua fundação esteve ligada diretamente ao sonho de não haver mais crianças vivendo nas ruas de Fortaleza apostando em ações de enfrentamento ao abandono e a desagregação das famílias.
Os motivos que levam crianças a morar nas ruas estão ligados primeiramente a pauperização de suas famílias. Depois, a violência doméstica, o uso de drogas, a mendicância entre outros.
A fundadora da ONG, Cíntia Nascimento, dedicou anos de sua vida em defesa destas crianças e adolescentes e ressalta que a maior dificuldade é re-inserí-las no ambiente familiar, deteriorado pelos motivos citados acima.
Atualmente a ONG atua no Conselho de Juventude de Fortaleza e Nacional, junto ao Conselho Tutelar. O resultado deste trabalho é visível por seus números. Desde de 1985 essas crianças e adolescentes são atendidos e estes estão fora das ruas. Del, coordenador da entidade comemora esse progresso.

Movimento desenvolve ações em prol da inclusão social

Por Sabrina Passos
O Movimento Nacional de Meninos e Meninas do Ceará é uma organização não-governamental que existe nos 27 estados da Federação e Distrito Federal. Sua sede se encontra hoje no bairro Benfica, atuando com crianças do bairro do Lagamar e Pirambu. Seu principal papel é retirar crianças, jovens e adolescentes abandonadas que estão nas ruas de Fortaleza.
Segundo o coordenador do movimento, Delton Teixeira, a ONG foi criada em 1985 em Sobral com iniciativas de assistentes sociais que atuavam na antiga Febem. No Ceará teve suas origens em 1986.
Lá são realizadas atividades junto as crianças como dança, teatro, oficinas, palestras e cursos. Para Dell estas ações são de grande importância, pois é através delas que as crianças se incluem na sociedade e criam com o passar do tempo o seu próprio senso crítico. Conseguindo assim entender o sistema em que vivem. Além de trabalhos de inclusão os informando sobre seus direitos e deveres.
Desde 2004 a Ong vem pautando a juventude e questões relacionadas ao estatuto da criança e do adolescente, tendo como principal ponto significante a redução da maioridade penal.

terça-feira, 10 de março de 2009

O MNMMR dá novos rumos para juventude

Por Aline Araújo
Foto: Hariádina Salveano

Em entrevista à nossa equipe o Coordenador do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua do Ceará, Delton Teixeira, mais conhecido como Dell fala da organização não governamental que existe nos 27 estados da Federação e Distrito Federal e tem uma atuação com crianças abandonadas nas ruas da cidade.
Ele retrata um pouco de como funciona o movimento aqui no Ceará.

01. Nacionalmente, os Meninos e Meninas de Rua foi fundado em 1985. E aqui no Ceará quando se deu sua existência?
R= Bem, o movimento foi criado em 1985 e no Ceará veio em 1986. Começou em Sobral, através das assistentes sociais que atuavam na antiga Febem. Aqui em Fortaleza chegou em 1987, transformando-se, pois em Sobral era uma comissão e o local ficava distante. Todos vinham estrategicamente para capital para organizações estaduais a nível de estado.

02. A ONG trabalha basicamente com que?
Trabalham diretamente com as crianças fazendo atividades voltadas para pessoas que trabalham com esses meninos. O movimento é uma entidade não-governamental, mas nós temos mais caráter de movimento popular, que é de trabalhar com a co-gestão, que são crianças e adolescentes em sua maioria como a minha pessoa e outros que vieram das ruas, das gangues dos meios dos grupos, assim possibilitamos a questão dos educadores. Então, na verdade, é grupo que é organizado por núcleos, os adultos se organizam por comissões e cada uma delas tem seus núcleos de base que são os grupos de jovem na faixa etária de 8 a 21 anos. A partir de 2004, o governo vem pautando a juventude e isso permitiu uma abertura maior na faixa etária, estendendo-se até 24 anos. Seu início foi com crianças e adolescentes de rua, que há alguns anos tinha rua como centro urbano, assim não se trabalhava com periferia. A nova concepção de meninos de rua são os que estão na periferia, moradores dos terminais, das ruas próximas da nossa residência, por isso estes são considerados jovens em situação de risco. A diferença é que este perde todo seu vínculo familiar com a rua. Ele não possui referência familiar. Quanto ao menino morador é aquele que passa o dia na rua e no fim de tarde volta para casa ou então aquele menino próximo das nossas casas que é o que passa os dias nas ruas.

3. Quais as atividades que a ONG faz com as crianças, jovens e adolescentes?
R= O movimento trabalha com uma questão de organização de jovens, para eles conhecerem a linha do estatuto da criança e do adolescente. Pautado nisso, eles têm conhecimento dos seus direitos e deveres. O movimento se organiza através de grupos e hoje através de oficinas de grafites, danças e teatro na formação de jovens de acompanhamento e encaminhamento. Futuramente isso lhes permitirá tanto ser educadores como participantes desta sociedade e terem seu senso crítico. Os educadores são facilitadores dos processos que elaboraram para os meninos serem ativos e participantes.

4. O governo federal tem a lei específica para as ONGs . Vocês participam desses projetos do governo federal com relação a financiamento?
Até 2001 tínhamos uma ajuda, mas esta quantia era recebida na matriz que funcionava em Brasília e repassava para demais filiais. Possuíamos apenas um CNPJ para todos os 27 estados. Por problemas administrativos na matriz, o movimento desfez este sistema e criou um CNPJ para cada estado, com isso todos têm sua própria autonomia jurídica e financeira.

05. Quais as principais bandeiras de luta do movimento?
O movimento hoje trabalha com alguns pontos significantes. Não chamamos de bandeiras, mas algumas ações principalmente da não redução da maioridade de 18 para 12 ou 14 anos de idade. A outra questão é política, porque as pessoas da federação compreenderam onde moram, o que faz, se está vivo ou morto.

06. Então o MMR defende o anti- capitalismo?
Defende não o anti-capitalismo, mas a convivência pacífica. Até porque não temos como fugir do capitalismo já que possuímos celulares e a gente acaba na contradição.

07. A partir de quando você começou a se interessar pelo movimento?
Tudo deu início aos meus 12 anos, quando eu participava de um projeto da fundação Cristão da Alemanha, que tinha crianças e adolescentes carentes e realizava projetos com jovens também.

segunda-feira, 9 de março de 2009

MOVIMENTO MENINOS E MENINAS DE RUA DESENVOLVE PROJETOS NO BAIRRO LAGAMAR

Em Fortaleza, o Movimento Nacional Meninos e Meninas de Rua do Ceará (MNMMR), atua desde 1994, no bairro do Lagamar realizando ações de organização e formação de novas lideranças. Atualmente, o movimento desenvolve diversas ações relacionadas à promoção dos direitos humanos e na organização popular de crianças, adolescentes e jovens moradores da comunidade com expectativas de transformar à realidade dessas pessoas.

De acordo com o coordenador do movimento, Del, o funcionamento dessa organização é feito através dos Núcleos de base. A comissão de periferia conta com dois núcleos de base: Núcleo de base Nada Consta, Barroso II e Núcleo das Quadrinhas, no Lagamar. O Núcleo de base das Quadrinhas trabalha com crianças, a partir dos 10 anos de idade e adolescentes até 18 anos, desde junho de 2007. E o Núcleo Nada Consta com adolescentes de 12, e jovem de até 24 anos. Esses dois projetos desenvolvem ações de organização e formação nos núcleos, onde são feitas oficinas lúdicas e pedagógicas, na intenção de fortalecer a integração desses meninos a transformarem sua realidade, com base na metodologia da Educação social, Arte educação e nos valores da educaçao popular.

Além de realizar esse trabalho social em prol das crianças, adolescentes e jovens. O MNMMR realiza projeto como Minha História, Minha Vida, que faz um acompanhamento dessas pessoas em conflitos com a lei, acompanhando de perto processos judiciais e realiza com eles um trabalho de reintegração à sociedade.

Hoje, o Movimento Nacional de Meninos e Meninas do Ceará, localiza-se em Fortaleza, no bairro São João do Tauape e conta em torno de 350 crianças, adolescentes e jovens e através dos Núcleos de base, do projeto minha história, minha vida e também por acompanhamento específico.
Por:Alexandre Lima