Por Aline Araújo
Foto: Hariádina Salveano
Em entrevista à nossa equipe o Coordenador do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua do Ceará, Delton Teixeira, mais conhecido como Dell fala da organização não governamental que existe nos 27 estados da Federação e Distrito Federal e tem uma atuação com crianças abandonadas nas ruas da cidade.
Ele retrata um pouco de como funciona o movimento aqui no Ceará.
01. Nacionalmente, os Meninos e Meninas de Rua foi fundado em 1985. E aqui no Ceará quando se deu sua existência?
R= Bem, o movimento foi criado em 1985 e no Ceará veio em 1986. Começou em Sobral, através das assistentes sociais que atuavam na antiga Febem. Aqui em Fortaleza chegou em 1987, transformando-se, pois em Sobral era uma comissão e o local ficava distante. Todos vinham estrategicamente para capital para organizações estaduais a nível de estado.
02. A ONG trabalha basicamente com que?
Trabalham diretamente com as crianças fazendo atividades voltadas para pessoas que trabalham com esses meninos. O movimento é uma entidade não-governamental, mas nós temos mais caráter de movimento popular, que é de trabalhar com a co-gestão, que são crianças e adolescentes em sua maioria como a minha pessoa e outros que vieram das ruas, das gangues dos meios dos grupos, assim possibilitamos a questão dos educadores. Então, na verdade, é grupo que é organizado por núcleos, os adultos se organizam por comissões e cada uma delas tem seus núcleos de base que são os grupos de jovem na faixa etária de 8 a 21 anos. A partir de 2004, o governo vem pautando a juventude e isso permitiu uma abertura maior na faixa etária, estendendo-se até 24 anos. Seu início foi com crianças e adolescentes de rua, que há alguns anos tinha rua como centro urbano, assim não se trabalhava com periferia. A nova concepção de meninos de rua são os que estão na periferia, moradores dos terminais, das ruas próximas da nossa residência, por isso estes são considerados jovens em situação de risco. A diferença é que este perde todo seu vínculo familiar com a rua. Ele não possui referência familiar. Quanto ao menino morador é aquele que passa o dia na rua e no fim de tarde volta para casa ou então aquele menino próximo das nossas casas que é o que passa os dias nas ruas.
Foto: Hariádina Salveano
Em entrevista à nossa equipe o Coordenador do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua do Ceará, Delton Teixeira, mais conhecido como Dell fala da organização não governamental que existe nos 27 estados da Federação e Distrito Federal e tem uma atuação com crianças abandonadas nas ruas da cidade.
Ele retrata um pouco de como funciona o movimento aqui no Ceará.
01. Nacionalmente, os Meninos e Meninas de Rua foi fundado em 1985. E aqui no Ceará quando se deu sua existência?
R= Bem, o movimento foi criado em 1985 e no Ceará veio em 1986. Começou em Sobral, através das assistentes sociais que atuavam na antiga Febem. Aqui em Fortaleza chegou em 1987, transformando-se, pois em Sobral era uma comissão e o local ficava distante. Todos vinham estrategicamente para capital para organizações estaduais a nível de estado.
02. A ONG trabalha basicamente com que?
Trabalham diretamente com as crianças fazendo atividades voltadas para pessoas que trabalham com esses meninos. O movimento é uma entidade não-governamental, mas nós temos mais caráter de movimento popular, que é de trabalhar com a co-gestão, que são crianças e adolescentes em sua maioria como a minha pessoa e outros que vieram das ruas, das gangues dos meios dos grupos, assim possibilitamos a questão dos educadores. Então, na verdade, é grupo que é organizado por núcleos, os adultos se organizam por comissões e cada uma delas tem seus núcleos de base que são os grupos de jovem na faixa etária de 8 a 21 anos. A partir de 2004, o governo vem pautando a juventude e isso permitiu uma abertura maior na faixa etária, estendendo-se até 24 anos. Seu início foi com crianças e adolescentes de rua, que há alguns anos tinha rua como centro urbano, assim não se trabalhava com periferia. A nova concepção de meninos de rua são os que estão na periferia, moradores dos terminais, das ruas próximas da nossa residência, por isso estes são considerados jovens em situação de risco. A diferença é que este perde todo seu vínculo familiar com a rua. Ele não possui referência familiar. Quanto ao menino morador é aquele que passa o dia na rua e no fim de tarde volta para casa ou então aquele menino próximo das nossas casas que é o que passa os dias nas ruas.
3. Quais as atividades que a ONG faz com as crianças, jovens e adolescentes?
R= O movimento trabalha com uma questão de organização de jovens, para eles conhecerem a linha do estatuto da criança e do adolescente. Pautado nisso, eles têm conhecimento dos seus direitos e deveres. O movimento se organiza através de grupos e hoje através de oficinas de grafites, danças e teatro na formação de jovens de acompanhamento e encaminhamento. Futuramente isso lhes permitirá tanto ser educadores como participantes desta sociedade e terem seu senso crítico. Os educadores são facilitadores dos processos que elaboraram para os meninos serem ativos e participantes.
4. O governo federal tem a lei específica para as ONGs . Vocês participam desses projetos do governo federal com relação a financiamento?
Até 2001 tínhamos uma ajuda, mas esta quantia era recebida na matriz que funcionava em Brasília e repassava para demais filiais. Possuíamos apenas um CNPJ para todos os 27 estados. Por problemas administrativos na matriz, o movimento desfez este sistema e criou um CNPJ para cada estado, com isso todos têm sua própria autonomia jurídica e financeira.
05. Quais as principais bandeiras de luta do movimento?
O movimento hoje trabalha com alguns pontos significantes. Não chamamos de bandeiras, mas algumas ações principalmente da não redução da maioridade de 18 para 12 ou 14 anos de idade. A outra questão é política, porque as pessoas da federação compreenderam onde moram, o que faz, se está vivo ou morto.
06. Então o MMR defende o anti- capitalismo?
Defende não o anti-capitalismo, mas a convivência pacífica. Até porque não temos como fugir do capitalismo já que possuímos celulares e a gente acaba na contradição.
07. A partir de quando você começou a se interessar pelo movimento?
Tudo deu início aos meus 12 anos, quando eu participava de um projeto da fundação Cristão da Alemanha, que tinha crianças e adolescentes carentes e realizava projetos com jovens também.
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